Quem não se entende não importa
Com o olhar de quem não tem
Quem não reflete só destrói
A esperança de alguém
E só se atém ao bolso próprio
E fecha a cara para o bem
Virando o rosto toda hora
Que lhe pedem um vintém
Mas diz que faz muito ao próximo
E que ajuda um alguém
Mentira pronta descabida
Pra aumentar o ego que tem
E agradar sociedade essa
Que a ninguém provém
O berço para construir
Um justo digno viver
E não se quer e não se vê
Quem não se amarra à amargura
E ao rancor de quem já tem
A vida pronta e toda entregue
Por outrem que já a fez
Agrada a graça das manhãs
Que se discorrem ao trazer
Um novo dia acreditar
Em acordar uma outra vez
Mas não se pode esperar
Do terno ou paletó que tem
A lábia pronta de enganar
E afirmar ano que vem
Pois a sujeira rola solta
E não se sabe de ninguém
É construir algo da gente
Pra lá dentro resolver
E a responsa é de quem?
Só negativas de vocês