Minha medida está perto do zero
Busco um enxerto enquanto te espero
Não sei se enxergo longe mas eu sei
O quanto penso, o passo que eu darei
Pra esquerda vejo o que tem
E serro a boca pra nao gerar
Um estrondo baque no além
E nos meus olhos a se mostrar
Um horizonte curvo
Sem um montante pra se apoiar
Nas cores do projeto
Rebuscadas e abertas, meu alfabeto
De como penso agora
Como penso se tudo acabar
Me contive cheio
Sem a tolice aparar
Me sinto com vontade
Em meio a tempestade
Logo pego a minha mão
A sua, e a de quem ver confusão
E tudo que mexo parece me parar
Vou arrebentar o barco que me ofuscar
E tudo parece fingir não me enxergar
Não sei por onde nado nesse monte de estranhos a pagar
Mar
Cheio de santos
Ár
Impuro nos cantos
Agora olho além
De onde eu estava
Agora vejo o que tem
E o que não precisava
Pego então minha mão
Sinto seu braço de cá
Querendo meu afeto
Só que não sei mais não negar
Sinto tudo perto
Contorno em meio aos astros
Com o apoio esperto
Nesses escombros a me espreitar
E tudo que mexo parece me parar
Vou arrebentar o barco que me ofuscar
E tudo parece fingir não me enxergar
Não sei por onde nado nesse monte de estranhos a pagar